Dólar cai para o menor valor desde Setembro; saiba detalhes

 Dólar cai para o menor valor desde Setembro; saiba detalhes
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O dólar encerrou esta segunda-feira (30) em queda de 0,91%, cotado a R$ 5,4335, no menor patamar desde setembro de 2024, quando registrou R$ 5,4241. Com o resultado, a moeda americana acumulou uma retração de 12,08% no primeiro semestre de 2025.

Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, fechou o dia com alta de 1,45%, aos 138.855 pontos, encerrando o semestre com um ganho acumulado de 15,44%.

Segundo o g1, a semana começou com uma agenda econômica carregada, tanto no Brasil quanto no exterior, com divulgação de indicadores relevantes que movimentaram o mercado.

Dados de emprego e projeções no Brasil

Entre os destaques domésticos, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontou a criação de 148.99 mil vagas formais de trabalho em maio, um aumento de 6,7% em relação ao mesmo período de 2024. Com isso, o saldo acumulado de empregos formais no ano ultrapassa 1 milhão de vagas.

Além disso, o Boletim Focus mostrou que os economistas do mercado financeiro reduziram pela quinta semana consecutiva as projeções para a inflação brasileira.

Repercussão do IOF no cenário fiscal

O mercado também monitora os impactos da derrubada, pelo Congresso Nacional, do decreto que previa aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A medida, segundo a equipe econômica, pode provocar uma perda de R$ 10 bilhões na arrecadação em 2025, o que deve levar a novos cortes no Orçamento.

De acordo com o G1, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que o presidente Lula acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) para analisar se a decisão da Câmara dos Deputados violou prerrogativas do Poder Executivo.

“Ele [Lula] perguntou à AGU se o decreto legislativo usurpa uma prerrogativa do Executivo. Se a resposta for positiva, ele deve recorrer à Justiça”, afirmou Haddad.

O ministro também defendeu a proposta original do governo, que elevava a alíquota do IOF para 3,5% em determinadas operações, e rebateu críticas de que a medida seria puramente arrecadatória.

Panorama internacional: EUA e Europa

No cenário internacional, investidores continuam atentos à política monetária dos Estados Unidos. O índice de preços PCE, principal referência de inflação do Federal Reserve (Fed), subiu 0,1% em maio, mantendo o mesmo ritmo de abril. No acumulado de 12 meses, a inflação ficou em 2,3%, um leve aumento em relação aos 2,2% de abril.

Houve também uma queda inesperada de 0,1% nos gastos dos consumidores norte-americanos em maio, sinalizando uma possível desaceleração da atividade econômica, o que reforça as expectativas de corte de juros por parte do Fed.

Enquanto isso, o Congresso norte-americano discute a proposta orçamentária do presidente Donald Trump, chamada de One Big Beautiful Bill, cuja votação no Senado está prevista para esta semana.

Além disso, o fim do prazo da suspensão temporária do tarifaço de Trump segue no radar. Na tentativa de destravar negociações, o Canadá cancelou nesta segunda-feira o imposto sobre serviços digitais voltado a empresas de tecnologia dos EUA, poucas horas antes de sua entrada em vigor.

Em paralelo, o Banco Central Europeu (BCE) anunciou que revisará sua estratégia de juros, diante dos choques inflacionários recentes provocados pela guerra na Ucrânia e pela crise de suprimentos.

Tensões entre Trump e o Fed

A postura cautelosa do presidente do Fed, Jerome Powell, tem sido criticada por Trump, que o chamou de “burro” e “teimoso” nas redes sociais. Powell, por sua vez, reiterou em declarações ao Congresso que a instituição ainda estuda os efeitos da guerra comercial e das tarifas sobre a inflação antes de tomar qualquer decisão sobre juros.

“Os aumentos de tarifas neste ano provavelmente elevarão os preços e pesarão sobre a atividade econômica”, disse Powell ao Senado.

Desempenho acumulado

📉 Dólar:

  • Semana: -0,91%

  • Mês: -4,98%

  • Ano: -12,08%

📈 Ibovespa:

  • Semana: +1,45%

  • Mês: +1,33%

  • Ano: +15,44%

Por Paraíba Master

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