Dengue apresenta queda de casos na Paraíba, mas Ministério da Saúde alerta: prevenção não pode parar

 Dengue apresenta queda de casos na Paraíba, mas Ministério da Saúde alerta: prevenção não pode parar
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Apesar da redução de 48% nos casos prováveis de dengue na Paraíba em 2025, o Ministério da Saúde reforça que a vigilância contra o Aedes aegypti segue indispensável. Nesta segunda-feira (3), a pasta lançou a campanha nacional “Não dê chance para a dengue, zika e chikungunya”, voltada à prevenção de arboviroses e à mobilização da população. Além disso, anunciou um investimento de R$ 183,5 milhões para ampliar o uso de tecnologias inovadoras de controle do mosquito em todo o país.

Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, mesmo com a queda nos números, o risco da doença persiste. “A dengue continua sendo a principal endemia do Brasil. O impacto das mudanças climáticas aumenta a possibilidade de transmissão em áreas que antes não registravam casos”, explicou.

Na Paraíba, os casos prováveis da doença caíram de 13,6 mil em 2024 para 7,1 mil em 2025. Os óbitos também diminuíram, passando de 11 para sete registros. No cenário nacional, foram contabilizados 1,6 milhão de casos prováveis, uma redução de 75% em relação ao ano anterior, e os óbitos caíram 72%, somando 1,6 mil até agora.

Para Padilha, a prevenção precisa ser intensificada antes do período de maior transmissão. Por isso, o governo promove o Dia D da Dengue, que será realizado em 8 de novembro, além de divulgar um novo mapeamento entomológico que indica áreas de alerta e risco em mais de 3 mil municípios.

Com os recursos anunciados, o Ministério da Saúde pretende expandir o uso de tecnologias como o método Wolbachia, já presente em 12 cidades e com previsão de chegar a mais 70 municípios, incluindo 13 ainda em 2025. Em Niterói (RJ), a aplicação completa da técnica em todo o território resultou em redução de 89% nos casos de dengue e 60% na chikungunya. Outras medidas incluem Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDL), insetos estéreis e borrifação residual intradomiciliar.

A campanha nacional, que adota o lema “Contra o mosquito, todos do mesmo lado”, busca engajar a população na eliminação de criadouros e reforçar a responsabilidade coletiva. O Dia D contará com ações de conscientização em todo o país.

O governo também conta com o apoio da Força Nacional do SUS (FN-SUS), capaz de montar até 150 centros de hidratação em cidades com maior incidência de casos. Até agora, foram distribuídos 2,3 milhões de sais de reidratação oral, 1,3 milhão de testes laboratoriais e 1,2 mil nebulizadores portáteis, além de 77,9 mil EDLs instaladas em 26 municípios.

Em Curitiba (PR), foi inaugurada a maior biofábrica de Wolbachia do mundo, capaz de produzir 100 milhões de ovos por semana, tecnologia que impede a transmissão dos vírus dentro do mosquito Aedes aegypti.

No campo da vacinação, o Brasil segue avançando. Em outubro, o ministro Alexandre Padilha visitou a China para firmar parceria com a empresa WuXi Biologics, visando a produção em larga escala da vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan, com capacidade superior a 40 milhões de doses a partir de 2026. O registro junto à Anvisa deve ser concedido até o fim do ano, consolidando o maior programa público de imunização contra a doença no país.

A vacinação, iniciada em 2024, prioriza crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos em 2.752 municípios de maior risco. Até outubro de 2025, mais de 10,3 milhões de doses já foram distribuídas, com previsão de envio de mais 9 milhões em 2026.

Por Paraíba Master

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