FCJA Tambaú inaugura exposição em tributo a Jackson do Pandeiro

 FCJA Tambaú inaugura exposição em tributo a Jackson do Pandeiro
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A Fundação Casa de José Américo (FCJA) abre no próximo dia 26 a exposição ‘Jackson do Pandeiro – é ritmo, é raiz, é Paraíba’, composta por um conjunto de painéis com biografia, discografia, fotografias, depoimentos, notícias e registros da mídia (jornais, revistas, radiofônica e tevê), contando a vida e a obra de José Gomes Filho, o paraibano de Alagoa Grande que se tornou conhecido no Brasil como Jackson do Pandeiro, o “Rei do Ritmo”.

Dirigida a agentes culturais, estudantes e ao público em geral, a exposição será aberta às 10h de uma sexta-feira. O grupo musical Os Filhos de Jackson’, de Alagoa Grande, foi convidado para a abertura do evento e a exposição vai permanecer à disposição do público visitante por um período de 60 dias. Ao todo, são cerca de 20 painéis englobando imagens raras e outras já bastante conhecidas de Jackson, com informações distribuídas em textos e legendas. A Unidade Tambaú está localizada à Avenida Nossa Senhora dos Navegantes, 122, no Bairro de Tambaú, em João Pessoa.

“Já estamos com quase tudo pronto para a abertura do evento, faltando apenas alguns ajustes e detalhes relacionados a participações”, afirma a produtora Débora Oliveira, responsável pela montagem da exposição. O material visual está sendo trabalhado pelas designs Rossiane Delgado e Ayanne Andrade, que integram o Setor de Artes da FCJA.

Além da biografia e de momentos marcantes da vida do artista, destacam-se na exposição painéis que abordam o talento, a cultura, a história e as influências do “Rei do Ritmo”. No contexto do talento, os visitantes vão se deparar, por exemplo, com letras de 25 músicas colecionadas ao longo dos anos pela família do artista.

O painel ‘Jackson Cultura’ destaca publicações de revistas, livros e catálogos de cultura, enquanto que o painel da discografia trará detalhes cronológicos com os anos de lançamento dos discos, artistas e grupos musicais envolvidos nas gravações realizadas por Jackson no Nordeste e no Sudeste do Brasil.

O painel ‘No ritmo da batida’ mostra 27 capas de discos lançados pelo artista paraibano ao longo da carreira, enquanto que o ‘Jackson História’ será dedicado exclusivamente aos registros marcantes de parcerias que Jackson manteve com outros nomes da música nordestina, destacando-se entre eles o “Rei do Baião”, Luiz Gonzaga.

Para pesquisadores que se interessam por fatos em torno de Jackson, um painel bastante amplo abordará as influências do rei do ritmo sobre artistas brasileiros ligados às mais diversas correntes musicais, a começar por aqueles mais dedicados à música nordestina e ao forró.

Nesse painel, se sobressaem depoimentos, por exemplo, de João Bosco, Gilberto Gil, Alceu Valença, Lenine, além de muitos outros com raízes nordestinas, a exemplo de Marinês, Elino Julião e Genival Lacerda. Cada um a seu modo, todos falam da forma como Jackson do Pandeiro influenciou em suas formações musicais e em suas carreiras.

No texto de apresentação, a Fundação Casa de José Américo chama a atenção para a importância da exposição por retratar as origens e as ramificações da escola jacksoniana, que foram recentemente incorporadas aos acervos da instituição, e que, nesse caso, passaram a fazer parte da memória preservacionista, que guarda em seus arquivos raridades da história e da cultura da Paraíba, do Nordeste e do Brasil.

“A obra de Jackson, por mais incrível e desconhecida que pareça, resume tudo o que somos em formatos sonoros, incluindo coco, samba, frevo, baião, xote, xaxado, bossa nova, maracatu, marchinha e uma infinidade de outros gêneros, abrigados pelo guarda-chuva do forró”, afirma o presidente da FCJA, o jornalista Fernando Moura, ao completar que “na terra da ginga, Jackson não é rei por acaso”.

Paraíba Master com informações do Governo da Paraíba

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