Vítima de Tentativa de Feminicídio em Natal Fala Sobre Recuperação após Cirurgia de Reconstrução Facial

 Vítima de Tentativa de Feminicídio em Natal Fala Sobre Recuperação após Cirurgia de Reconstrução Facial
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Juliana Soares, estudante de 35 anos, que foi brutalmente agredida com mais de 60 socos pelo ex-namorado dentro de um elevador em Natal, usou suas redes sociais para expressar sua gratidão e falar sobre sua recuperação após a cirurgia de reconstrução facial. O procedimento foi realizado no Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol), na capital potiguar, e ajudou Juliana a retomar a própria imagem, perdida após o ataque.

Em sua postagem, Juliana compartilhou a emoção de dar início a essa nova fase de sua vida. “Pouco mais de 30 dias da minha reconstrução facial e sigo colhendo os frutos desse trabalho tão especial da equipe buco maxilo do Huol”, escreveu. Para ela, o resultado vai muito além da estética: “Sou imensamente grata por ter minha identidade de volta e por cada novo capítulo que a vida me permite escrever.”

O Caminho para a Recuperação

Apesar de o procedimento ter sido um marco importante para sua recuperação, Juliana ressalta que o resultado definitivo ainda está em andamento. “Ainda não temos o resultado final, pois é tudo muito recente. Só com 6 meses de pós-cirúrgico poderemos de fato concluir o processo de cicatrização. Viva o SUS!”, comentou.

A estudante, que passou por um trauma emocional e físico de grandes proporções, segue com otimismo, acreditando no poder da medicina e na importância de seguir em frente.

O Caso de Juliana: Uma História de Violência e Resistência

O ataque sofrido por Juliana aconteceu em julho deste ano, quando ela foi brutalmente agredida com 61 socos pelo ex-namorado, Igor Eduardo Cabral, dentro de um elevador em um condomínio em Ponta Negra, Zona Sul de Natal. A agressão resultou em fraturas graves nos ossos da face, e Juliana precisou ser hospitalizada. A violência foi precedida por uma discussão entre o casal, que teve início na área de lazer do residencial, onde o celular da vítima foi jogado na piscina.

Após a cirurgia, Juliana recebeu alta hospitalar em 4 de agosto, e o caso ganhou grande repercussão nas redes sociais e na imprensa. O agressor foi preso e, em 7 de agosto, foi acusado formalmente de tentativa de feminicídio. Ele permanece detido na Cadeia Pública de Ceará-Mirim, na Grande Natal. De acordo com informações do Portal G1, a defesa de Igor tentou solicitar sua liberdade provisória, bem como a realização de exames psicológicos e toxicológicos, e também solicitou a mudança da acusação para lesão corporal.

Além de superar as dificuldades físicas e emocionais impostas pela violência, Juliana continua a lutar por justiça. O processo judicial segue, e ela permanece como um exemplo de resiliência diante do feminicídio e da violência doméstica.

Por Paraíba Master

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