Terremoto de magnitude 8,8 provoca tsunami na Rússia e coloca países do Pacífico em alerta

Um terremoto de magnitude 8,8 atingiu a costa leste da Rússia nesta terça-feira (29), gerando um tsunami que alcançou diversas áreas da Península de Kamtchatka. O fenômeno provocou ondas de até 4 metros, causou danos materiais e levou à evacuação de moradores em regiões costeiras. A informação é do portal G1, com base em dados de agências internacionais e do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).
O epicentro do tremor foi registrado a cerca de 125 km a sudeste da cidade de Petropavlovsk-Kamchatsky, que tem cerca de 165 mil habitantes. O abalo sísmico ocorreu a uma profundidade de 19,3 km, considerada rasa, o que aumenta o potencial de formação de ondas gigantes.
Segundo as autoridades russas, o porto de Severo-Kurilsk, localizado no sul da península, foi uma das áreas mais atingidas pelo tsunami. Imagens da região mostram estruturas sendo arrastadas pela força da água. De acordo com a agência estatal Tass, algumas pessoas sofreram ferimentos leves, inclusive em um aeroporto da região.
O governador de Kamtchatka, Vladimir Solodov, afirmou que este é o terremoto mais forte registrado nas últimas décadas na região. A população foi orientada a se afastar imediatamente das áreas costeiras, enquanto equipes de emergência atuam no monitoramento dos danos.
Além da Rússia, diversos países do Pacífico foram colocados em alerta para possíveis impactos do tsunami. O USGS emitiu avisos para regiões do Japão, Havaí, Alasca e praticamente toda a costa americana do Pacífico, incluindo México, Chile e Equador.
No Havaí, ondas de até 1,74 metro foram registradas, mas não houve relatos de grandes prejuízos. O Escritório de Emergência de Oahu retirou as ordens de evacuação horas após o alerta inicial. Na Califórnia, nos Estados Unidos, ondas de até 1,1 metro foram observadas, também sem causar danos relevantes.
O Japão chegou a emitir alertas para boa parte do arquipélago, mas a Agência Meteorológica do país rebaixou os níveis de alerta durante a madrugada. A região norte japonesa, no entanto, permanece sob observação máxima, com ondas de até 1 metro sendo registradas.
Especialistas lembram que terremotos com magnitude acima de 8,0 são considerados extremamente fortes e têm potencial para provocar destruição significativa em áreas próximas ao epicentro. A escala usada atualmente para medir a intensidade desses eventos é baseada em magnitude de momento, substituindo a antiga escala Richter, como explicou o G1.
A Península de Kamtchatka está localizada no chamado Círculo de Fogo do Pacífico — uma zona de intensa atividade sísmica e vulcânica, responsável por alguns dos terremotos mais poderosos da história recente.
Por Paraíba Master