Superintendente do Dnit no Amapá é afastado em operação da PF sobre obras na BR-156

O superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Amapá, Marcello Vieira Linhares, foi afastado do cargo por 10 dias por determinação judicial. A medida faz parte da Operação Route 156, deflagrada na manhã desta terça-feira (22/7) pela Polícia Federal (PF), com foco em suspeitas de irregularidades na licitação de obras da BR-156.
A investigação também inclui buscas em endereços de Breno Chaves Pinto, 2º suplente do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). As apurações envolvem possíveis desvios e fraudes em contratos milionários relacionados à rodovia federal que liga o sul ao norte do estado do Amapá.
Marcello Linhares aparece em um vídeo gravado no gabinete de Alcolumbre, no qual os dois falam sobre a liberação de recursos para as obras na BR-156 — justamente a rodovia sob investigação. De acordo com o Metrópoles, no registro, Alcolumbre afirma que Linhares estava em Brasília para tratar de “uma das obras mais importantes de infraestrutura rodoviária do estado”.
“O Marcello me disse que foi aprovado hoje, aqui em Brasília, no conselho do Dnit, a liberação de algo em torno de R$ 620 milhões para a contratação de dois lotes na rodovia 156”, declarou o senador.
Na sequência, Linhares complementa a fala do parlamentar:
“Além dos dois lotes, o terceiro lote, que é para finalizar o trecho 156, também, em breve, será lançado o edital da contratação, tá, senador?”
Ao final do vídeo, Alcolumbre ainda agradece ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela liberação dos recursos, destacando a importância da obra para o estado do Amapá.
Segundo a Polícia Federal, a operação busca esclarecer possíveis fraudes em processos de licitação, superfaturamentos e outros crimes relacionados à execução das obras da BR-156. Até o momento, as autoridades não divulgaram os nomes de todos os investigados nem o conteúdo detalhado das diligências realizadas.
Por Paraíba Master