STM diz que só pode analisar perda de patente de militares após ação do Ministério Público Militar

 STM diz que só pode analisar perda de patente de militares após ação do Ministério Público Militar
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O Superior Tribunal Militar (STM) informou nesta sexta-feira (12) que sua atuação em relação à eventual perda de patente de militares condenados na trama golpista depende de provocação do Ministério Público Militar (MPM).

Em nota, o tribunal esclareceu que não pode agir por conta própria:

“A atuação do tribunal depende de prévia provocação do Ministério Público Militar, sendo inviável qualquer atuação ex officio. O STM exerce função eminentemente jurisdicional”, destacou o comunicado.

Na quinta-feira (11), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que caberá ao STM julgar a perda da patente dos militares das Forças Armadas condenados no processo da trama golpista que tentou reverter o resultado das eleições de 2022.

Com a decisão, nomes como o ex-presidente Jair Bolsonaro (capitão da reserva do Exército), os generais Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira, Walter Braga Netto e o almirante Almir Garnier poderão ser analisados pela Justiça Militar.

Trâmite

A análise do STM só ocorrerá após o trânsito em julgado da ação penal, ou seja, quando não houver mais possibilidade de recursos contra a condenação.

Segundo a Constituição Federal, oficiais das Forças Armadas podem perder a patente se forem condenados a penas superiores a dois anos de prisão. De acordo com o Agência Brasil, o procedimento avalia se o militar continua ou não sendo considerado digno de manter o posto.

O STM é composto por 15 ministros, sendo dez militares (quatro do Exército, três da Marinha e três da Aeronáutica) e cinco civis.

A eventual perda de patente não se aplica ao tenente-coronel Mauro Cid, delator da trama, que foi condenado a dois anos em regime aberto e garantiu o direito de permanecer em liberdade.

Por Paraíba Master

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