Senado impõe limites à publicidade de sites de apostas

 Senado impõe limites à publicidade de sites de apostas
#Compartilhe

O Senado aprovou nesta semana um projeto de lei que estabelece uma série de restrições à publicidade de apostas esportivas de quota fixa, conhecidas como bets. A proposta, de autoria do senador Styvenson Valentim (PSDB-RN), foi aprovada na Comissão de Esporte, na última quarta-feira (28), com substitutivo do relator Carlos Portinho (PL-RJ). Como a Comissão de Comunicação e Direito Digital ainda não foi instalada, o texto seguirá diretamente ao plenário com pedido de urgência.

Para entrar em vigor, o projeto ainda precisa ser aprovado pela Câmara dos Deputados.

Entre as principais medidas, o texto proíbe o uso de figuras públicas — como atletas, ex-atletas (nos cinco anos seguintes à aposentadoria), artistas, comunicadores, influenciadores digitais, autoridades e até figurantes — em peças publicitárias relacionadas a apostas. O objetivo é reduzir o impacto das campanhas promocionais sobre públicos vulneráveis, principalmente crianças e adolescentes.

A proposta também veda o patrocínio, direto ou indireto, a árbitros e membros de comissões de arbitragem, e a utilização de recursos audiovisuais com apelo infantojuvenil, como personagens, mascotes, animações ou elementos criados por inteligência artificial.

Além disso, fica proibida qualquer forma de comunicação que estimule, direta ou subliminarmente, a prática de apostas. A publicidade não poderá sugerir que apostar é socialmente atraente, solução para problemas financeiros, substituto para emprego, forma de investimento ou garantia de retorno financeiro.

Outro ponto do projeto é a exigência de consentimento prévio e informado para o envio de mensagens promocionais por aplicativos, e-mails ou outras formas de contato direto com o público. Também fica proibido o impulsionamento de conteúdo fora dos horários permitidos, ainda que proveniente de canais oficiais dos operadores.

O projeto ainda veta a veiculação de publicidade em formatos impressos e a divulgação de conteúdo sexista, misógino ou discriminatório — inclusive a objetificação do corpo humano ou a associação de apostas a estereótipos de gênero.

Por fim, a exibição de (odds) dinâmicos ou cotações em tempo real durante transmissões esportivas ao vivo também será restrita, sendo permitida apenas nas plataformas digitais dos operadores licenciados.

Por Paraíba Master 

source

Relacionados