Segurança Pública: João Azevêdo comenta megaoperação no Rio de Janeiro e destaca desempenho da Paraíba

O governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), manifestou sua preocupação com a recente megaoperação deflagrada pelo Governo do Rio de Janeiro contra facções do Comando Vermelho nos complexos do alemão e da Penha. Em entrevista concedida à imprensa paraibana neste final de semana, o gestor avaliou o cenário e comparou-o com a situação de segurança em seu estado.
Azevedo reconheceu a complexidade do tema, mas fez questão de enaltecer os resultados alcançados pela Paraíba. “Essa questão não é fácil. Nós temos aqui na Paraíba um sistema de segurança que tem dado respostas, graças a Deus”, declarou.
Paraíba em Destaque no Nordeste
O governador aproveitou a oportunidade para citar dados que, segundo ele, comprovam a eficácia das políticas de segurança em seu estado. Ele mencionou o Centro de Lideranças Públicas (CLP) de São Paulo, afirmando que a Paraíba é classificada como a segunda melhor segurança pública do Nordeste.
“Os números que nós temos conseguido na segurança colocam a Paraíba, segundo os dados do próprio Centro de Lideranças Públicas de São Paulo, como a segunda melhor segurança pública do Nordeste”, destacou.
Azevedo pontuou, ainda, que o estado detinha a primeira posição até o ano passado, sendo superado pelo Rio Grande do Norte. Ele fez a ressalva de que a perda de posição ocorreu devido à “melhora significativa” do estado vizinho, que antes enfrentava uma situação mais crítica, e não por uma queda no ritmo das ações paraibanas. “Não porque nós diminuímos o ritmo, mas porque o Rio Grande do Norte estava numa situação difícil e houve uma melhora significativa”, explicou.
Inteligência é a Chave Contra Facções
Ao ser questionado especificamente sobre como a megaoperação no Rio de Janeiro foi conduzida, João Azevedo expressou cautela, mas ressaltou a urgência de evitar a expansão das facções criminosas, citando o cenário fluminense como um “limite”.
“É uma questão extremamente preocupante, porque nós não podemos permitir, evidentemente, que as facções se expandam a ponto de você ter, infelizmente, o que está acontecendo no Rio. Se chegou no limite”, comentou o gestor.
Embora não tenha defendido a operação nos moldes em que foi executada, por desconhecer seus detalhes, Azevêdo enfatizou que a estratégia mais eficaz para o combate ao crime organizado deve focar em Inteligência.
“Não estou aqui defendendo a operação da forma como foi feita, até porque eu não conheço os detalhes da operação”, disse o governador, que concluiu: “Não é dessa forma, eu acho que é muito mais com inteligência que nós vamos conseguir combater as facções. As ações de repressão no nível que foi feito no Rio, eu acho que não é a solução”.