Putin recua de acordo nuclear com os EUA e reacende alerta global sobre ogivas

 Putin recua de acordo nuclear com os EUA e reacende alerta global sobre ogivas
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Retirada da Rússia do pacto de eliminação de plutônio militar reacende tensões nucleares em meio à guerra na Ucrânia e disputas com a Otan

A Rússia anunciou oficialmente sua retirada de um acordo bilateral com os Estados Unidos para redução de plutônio de uso militar — uma medida que agrava ainda mais o cenário de tensões entre Moscou e Washington. A decisão foi aprovada nesta quarta-feira (8) pela câmara baixa do Parlamento russo e marca o fim do chamado Acordo de Gestão e Disposição de Plutônio (PMDA), firmado em 2000.

O tratado previa a eliminação de ao menos 34 toneladas de plutônio militar por cada país, material suficiente para alimentar cerca de 17 mil ogivas nucleares, segundo estimativas americanas. No entanto, segundo informações do Portal G1, o governo russo justificou a retirada com base em uma “mudança radical nas circunstâncias”, alegando sanções ocidentais, a ampliação da Otan e o apoio dos EUA à Ucrânia.

Na prática, o fim do acordo representa um novo ponto de tensão entre as duas maiores potências nucleares do planeta, que ainda controlam juntas aproximadamente 8 mil ogivas — embora em número bem menor do que os 73 mil artefatos contabilizados no auge da Guerra Fria.

A ruptura também ocorre em meio a outras pressões recentes exercidas por Moscou, como o impasse sobre o tratado New START e ameaças de retaliação ao envio de mísseis americanos à Ucrânia. O movimento é visto por analistas internacionais como uma tentativa do Kremlin de aumentar sua margem de barganha estratégica no cenário geopolítico atual.

Com a retirada do PMDA, o futuro da cooperação nuclear entre EUA e Rússia volta a ser incerto, reacendendo o debate global sobre segurança nuclear, proliferação de armamentos e o risco de retrocessos nos esforços de controle bélico internacional.

Por Paraíba Master

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