Paralisação nos EUA deixa servidores do Senado sem salário enquanto impasse político se arrasta
A crise política nos Estados Unidos chegou a um novo patamar nesta segunda-feira (20), quando funcionários do Senado americano deixaram de receber seus salários por causa do shutdown — a paralisação parcial do governo federal que já dura 20 dias. A suspensão dos pagamentos afeta o vencimento referente à primeira quinzena de outubro, que seria depositado hoje, mas foi bloqueado pela falta de acordo entre democratas e republicanos sobre o orçamento federal.
Segundo informações do Portal G1, o pagamento só será restabelecido três dias úteis após o fim da paralisação, conforme decisão assinada pelo chefe do escritório de pagamentos do Senado, Ted Ruckner. Apesar da suspensão salarial, benefícios como planos de saúde, aposentadoria e seguros continuam ativos para os servidores afetados. Já senadores e deputados seguem recebendo normalmente, uma vez que seus vencimentos são assegurados pela Constituição e pagos diretamente pelo Tesouro Nacional.
O shutdown teve início em 1º de outubro, após o Congresso não conseguir aprovar a nova lei orçamentária. O impasse gira em torno da manutenção de verbas do programa Obamacare, que subsidia o acesso à saúde para milhões de americanos. Enquanto democratas exigem a preservação desses recursos, republicanos, aliados do presidente Donald Trump, defendem cortes e adiam o debate sobre o tema.
Com o governo impedido de gastar, milhares de servidores federais foram colocados em licença não remunerada, enquanto outros, responsáveis por serviços essenciais, seguem trabalhando sem receber. Mesmo assim, as remunerações devem ser pagas de forma retroativa quando o orçamento for aprovado.
Apesar do cenário incerto, o assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, declarou à emissora CNBC que espera uma resolução “ainda nesta semana”. No entanto, com o endurecimento do discurso entre os partidos, a perspectiva de um acordo imediato parece cada vez mais distante, prolongando os efeitos do shutdown sobre a economia e o cotidiano dos americanos.
