Megaoperação no Rio deixa mais de 60 mortos e entra para a história como a mais letal do estado

Uma megaoperação envolvendo todas as forças de segurança do Rio de Janeiro transformou a manhã desta terça-feira (28) em um dos capítulos mais violentos da história do estado. A ação, que tinha como alvo chefes do Comando Vermelho (CV), deixou ao menos 64 mortos, entre eles quatro policiais — dois civis e dois militares. O confronto se concentrou nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte, e contou com 2,5 mil agentes em campo.
Durante o avanço das equipes, criminosos reagiram com drones, bombas e barricadas, levando pânico à população e paralisando parte da cidade. Escolas foram fechadas, postos de saúde suspenderam atendimentos e mais de 100 linhas de ônibus tiveram itinerários alterados. 75 fuzis foram apreendidos e 81 pessoas presas. Entre os mortos estão os policiais civis Marcos Vinícius Carvalho e Rodrigo Velloso, além dos militares Cleiton Serafim e Herbert, integrantes do Bope.
O governador Cláudio Castro (PL) lamentou as mortes e destacou a gravidade da ação. Em entrevista coletiva, o gestor afirmou que não houve apoio do governo federal, alegando que pedidos anteriores de uso de blindados foram negados. “Tivemos três solicitações recusadas. Falta uma integração maior com as forças federais”, declarou.
Durante a operação, o traficante Thiago do Nascimento Mendes, conhecido como Belão do Quitungo, foi preso. Ele é apontado como braço direito de Edgard Alves de Andrade, o Doca, uma das principais lideranças do CV. A ofensiva tinha como objetivo cumprir 51 mandados de prisão e conter o avanço da facção em áreas estratégicas da capital fluminense.
Por Paraíba Master