Laudo confirma que jovem morto após colisão em João Pessoa foi atingido por tiro de fuzil antes do acidente

 Laudo confirma que jovem morto após colisão em João Pessoa foi atingido por tiro de fuzil antes do acidente
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Um laudo pericial divulgado nesta semana confirmou que o jovem Guilherme Pereira, morto ao lado da namorada Ana Luiza em novembro de 2024, foi atingido por um disparo de arma de fogo na cabeça antes da colisão da moto em que estavam. O acidente ocorreu no bairro de Muçumagro, em João Pessoa, e inicialmente teve como causa apontada a batida contra um poste. A informação é do portal ParlamentoPB.

A nova apuração foi solicitada pela família de Guilherme, após o pai do jovem notar uma perfuração no capacete do filho que não havia sido explicada na investigação inicial. Diante disso, foi solicitada uma nova perícia, conduzida por três peritos da Polícia Civil, que identificaram uma lesão transfixante no crânio provocada por um tiro, confirmando que o jovem foi alvejado antes da colisão.

Disparo compatível com armamento da PM

O laudo revelou que o tiro foi feito com um fuzil compatível com os utilizados pela Polícia Militar, que fazia rondas na área na madrugada de 30 de novembro de 2024, quando o casal morreu. Ainda de acordo com o documento, a bala atravessou o crânio de Guilherme, o que indica um tiro certeiro na região da cabeça.

Os policiais que participaram da operação negaram ter efetuado disparos contra os ocupantes da motocicleta. No entanto, o agente Tiago Almeida Filho está sendo investigado como o possível autor do tiro fatal, segundo o ParlamentoPB.

Contexto da ocorrência

Na madrugada do dia 30 de novembro, a Polícia Militar informou que realizava rondas para dispersar uma festa irregular na região do Portal do Sol, quando visualizou três motocicletas em alta velocidade. Uma delas era a pilotada por Guilherme, que levava Ana Luiza na garupa. As outras duas conseguiram fugir da abordagem policial.

As famílias do casal relataram que os jovens não tinham envolvimento com atividades criminosas e que, provavelmente, fugiram por medo da abordagem policial. A versão é reforçada pelo histórico das vítimas e pela ausência de indícios de conduta ilícita.

O caso continua sob investigação da Polícia Civil da Paraíba, que deve aprofundar a apuração sobre a conduta dos agentes envolvidos e as circunstâncias exatas do disparo que vitimou Guilherme.

Por Paraíba Master

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