Indígenas da Tribo Tabajara, trazem em instituições de Mogeiro e Campina Grande, pauta para preservação dos direitos dos povos originários.

Indígenas da Tribo Tabajara, destacam nas instituições de ensino de Mogeiro e Campina Grande, pauta para preservação dos direitos dos povos originários
Um grupo indígenas da Aldeia Gramame, pertencente à Tribo Tabajara, que está localizada na Região Sul da Paraíba, fez visitas e palestras a uma escola e creches no município de Mogeiro, e na Escola Estadual Senador Humberto Lucena em Campina Grande.
Os indígenas também realizaram atividades na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), ainda dentro das comemorações do mês dos Povos Indígenas.
A mobilização dos indígenas e a realização das atividades foram coordenadas pelo professor, indigenistas e ativista social João Tavares da Silva Neto. As palestras foram proferidas pelo Cacique Carlos Arapuã, líder da aldeia Gramame, tendo como tema “A identidade do indígena com a terra e a territorialidade”.
Nos eventos, eles trouxeram reflexões sobre o ser indígena, o dia a dia dos povos originários e as lutas para manterem esses territórios intactos.
Em um dos trechos de sua fala, o Cacique Carlos Arapuã, disse ser muito gratificante a atenção e o interesse dos estudantes em conhecerem a real história do indígena brasileiro.
O Cacique disse ainda que, o território indígena mantém a preservação do meio ambiente, onde a terra, a floresta e os rios são preservados, sendo assim, um ganho para todos, indígenas e não indígenas, mas, manter esses território intactos não tem sido tarefa fácil.
“Vivemos em constante batalha para preservarmos a mãe terra e tudo de bom que ela nos oferece”, completou o Cacique Arapuã.
A professora de sociologia da UEPB, Cristiane Nepomuceno disse que a questão indígena é bem definida na Constituição Federal, quando o seu artigo 231, diz que a terra é fundamental para a pessoa indígena para garantir a sua sobrevivência, sendo dessa forma, imprescindível para manter a preservação dos recursos necessários para a reprodução cultural dos povos originários, a professora analisou que demarcar a terra indígena é pagar uma dívida histórica que essa nação tem com esses povos, garantindo assim, a sobrevivência física e cultural do indígena.
O professor Tavares Neto, destacou que as comemorações, lutas e reflexões dos indígenas precisam ser feitas várias vezes ao ano, para lembrar que os povos originários existem e quanto eles são importantes para o nosso país, esse que tem uma grande dívida com eles, pois, ao longo da história os massacrou e os exterminou.
Por Paraíba Master com informações do PB Agora