Hytalo Santos nega assinatura em tentativa de venda de moto usada para quitar dívida

O influenciador digital Hytalo Santos, atualmente preso, negou ter assinado qualquer documento que autorizasse a transferência de propriedade de uma motocicleta registrada em seu nome. A informação foi confirmada pela Polícia Civil da Paraíba, que investiga uma tentativa de golpe envolvendo o veículo.
Segundo o delegado Ademir Fernandes, Hytalo prestou depoimento no presídio do Roger, em João Pessoa, onde está detido junto ao marido, Israel Vicente — conhecido como “Euro” — desde o dia 28 de agosto. Ambos foram transferidos do estado de São Paulo e são investigados por tráfico de pessoas, exploração sexual de menores e trabalho infantil.
De acordo com o relato de Hytalo à polícia, a moto foi utilizada como forma de pagamento de uma dívida referente a serviços prestados em um lava-jato. Após o acerto, um homem de 29 anos, identificado como “facilitador”, teria se oferecido para vender o veículo em nome do dono do lava-jato. Durante esse processo, o suspeito teria solicitado, sem autorização, o cancelamento do cadastro da moto junto ao Detran, numa tentativa de viabilizar a transferência da propriedade para terceiros.
A motocicleta, no entanto, permanece registrada em nome de Hytalo Santos. Tanto ele quanto Euro negaram ter assinado qualquer documento relacionado à venda do veículo. Apesar disso, a Polícia Civil colheu as assinaturas de ambos para análise pericial e comparação com os papéis apresentados pelo suspeito.
O delegado também ouviu o empresário proprietário do lava-jato e o homem suspeito da tentativa de golpe. Uma acareação entre os dois está marcada para quinta-feira (4), com objetivo de esclarecer as divergências nos depoimentos. Hytalo e Euro não serão ouvidos novamente nessa etapa.
O suspeito será indiciado por tentativa de golpe, segundo a Polícia Civil.
Outras investigações
Paralelamente a esse caso, Hytalo Santos e Euro continuam respondendo a processo na Justiça da cidade de Bayeux, na Região Metropolitana de João Pessoa. Eles são alvos de investigação do Ministério Público da Paraíba (MP-PB) e do Ministério Público do Trabalho (MPT) por exploração sexual de menores, tráfico humano e uso de trabalho infantil em conteúdos divulgados nas redes sociais.
Os dois influenciadores cumprem prisão preventiva na ala LGBTQIA+ do presídio do Roger. A cela onde estão possui cerca de 3 metros de largura por 15 de comprimento e é compartilhada com outros quatro detentos, já que o pavilhão não possui acomodações individuais.
A investigação ganhou repercussão após um vídeo do youtuber Felca denunciar a presença de menores em vídeos produzidos por Hytalo, o que intensificou as apurações e gerou ampla discussão nas redes sociais.
Por Paraíba Master