Hugo Motta descarta exceção a Eduardo Bolsonaro e avalia sanções por tumulto na Câmara

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), afirmou nesta quinta-feira (7) que não fará alterações no regimento interno para permitir que Eduardo Bolsonaro (PL-SP) exerça o mandato remotamente dos Estados Unidos, onde permanece por decisão própria.
“Não há previsibilidade para o exercício do mandato à distância pelo nosso regimento. Isso seria uma excepcionalidade, o que não se justifica para o momento”, disse Motta.
Motta classificou a permanência do deputado no exterior como uma “escolha política” e lembrou que Eduardo tem atuado junto ao governo de Donald Trump para pressionar por sanções contra autoridades brasileiras, como o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
“Agora, nós temos um problema político-jurídico que envolve o deputado Eduardo Bolsonaro, que tomou a decisão de ir para os Estados Unidos e lá ficar, defendendo teses que lhe são caras”, acrescentou.
O presidente também informou que a Mesa Diretora analisa a aplicação de punições a parlamentares que provocaram confusão na sessão de reabertura dos trabalhos legislativos, na quarta-feira (6). Entre as medidas possíveis, previstas no regimento, estão advertências e até suspensão do mandato. As imagens do episódio estão sendo examinadas para embasar as decisões.
“Existem pedidos de lideranças para punir este ou aquele deputado. Estamos avaliando. É uma decisão conjunta da Mesa. Mas está, sim, em avaliação a possibilidade de punição a alguns parlamentares que ontem se excederam, digamos assim, do ponto de vista a dificultar o reinício dos trabalhos”, afirmou Motta.
Por Paraíba Master