Governo estuda CNH sem autoescola e promete reduzir em até 80% o custo para tirar carteira de motorista

O processo para conquistar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) pode passar por uma das maiores transformações dos últimos anos. O governo federal estuda permitir que aulas teóricas e práticas sejam realizadas fora das autoescolas, oferecendo ao candidato mais liberdade e economia. A proposta, que está em consulta pública desde o dia 2 de outubro, promete revolucionar o modelo atual de formação de condutores no Brasil.
De acordo com informações da CBN Paraíba, o projeto — conhecido como “CNH sem autoescola” — permitirá que o aluno estude de forma presencial, on-line ou à distância, com conteúdos disponibilizados pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). No aprendizado prático, o candidato poderá contratar instrutores autônomos credenciados pelo Detran ou, se preferir, continuar frequentando uma autoescola tradicional. Os exames teórico e prático continuarão obrigatórios, como forma de comprovar a aptidão para dirigir com segurança.
Segundo o Ministério dos Transportes, o novo modelo pode reduzir em até 80% os custos do processo de habilitação. Atualmente, tirar a CNH em cidades como João Pessoa pode ultrapassar R$ 2,5 mil, enquanto em outros estados o valor chega a R$ 4 mil. Além da economia, a proposta busca incentivar a formalização e ampliar o acesso à habilitação, já que, de acordo com o ministério, cerca de 20 milhões de brasileiros dirigem sem carteira.
O governo reforça que as autoescolas continuarão existindo, mas deixarão de ser o único caminho possível para a obtenção da CNH. A mudança abre espaço para novos formatos de ensino, com aulas on-line, híbridas e presenciais, além de instrutores independentes. A intenção, segundo o Ministério dos Transportes, é desburocratizar o processo e oferecer alternativas mais acessíveis para quem deseja se habilitar.
Por enquanto, a proposta segue em consulta pública até o dia 2 de novembro, por meio da plataforma Participa + Brasil, onde qualquer cidadão pode enviar sugestões e comentários sobre o novo formato. Somente após essa etapa, o Ministério dos Transportes e o Contran decidirão quando e como o modelo será implementado. Até lá, o sistema atual segue valendo em todo o país.
Por Paraíba Master