Dólar derrete voltando ao valor de 14 meses atrás e bolsa sobe; entenda o bom ânimo do mercado

 Dólar derrete voltando ao valor de 14 meses atrás e bolsa sobe; entenda o bom ânimo do mercado
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O dólar à vista encerrou esta terça-feira (12) em forte baixa frente ao real, acompanhando o movimento de desvalorização da moeda norte-americana no exterior, após dados moderados de inflação nos Estados Unidos reforçarem as apostas de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) a partir de setembro.

A moeda norte-americana caiu 1,06%, fechando a R$ 5,3864, menor cotação desde 14 de junho de 2024 (R$ 5,3812). Na B3, o contrato futuro de primeiro vencimento recuava 0,95%, a R$ 5,416.

Segundo a publicação, os números mostraram que o índice de preços ao consumidor (CPI) nos EUA subiu 0,2% em julho, em linha com as expectativas, e manteve alta anual de 2,7%. Combinado a dados fracos do mercado de trabalho, o resultado elevou para mais de 90% a probabilidade de um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros já na reunião de setembro do Fed, segundo a LSEG.

O movimento foi favorecido pelo diferencial de juros entre Brasil e EUA, já que a Selic segue em 15%, e também pela entrada de capital estrangeiro impulsionada pela forte alta da bolsa brasileira.

O Ibovespa avançou 1,69%, aos 137.913,68 pontos, maior nível em cerca de um mês, puxado por balanços corporativos positivos e pelo cenário macroeconômico. O volume financeiro somou R$ 24 bilhões antes dos ajustes finais.

Entre os destaques do pregão, o BTG Pactual saltou 13,12% após divulgar lucro líquido ajustado de R$ 4,18 bilhões no segundo trimestre, acima das expectativas, enquanto a Sabesp subiu 10,61% com lucro líquido ajustado de R$ 1,96 bilhão, impulsionado por melhorias operacionais pós-privatização.

Outras empresas também movimentaram o índice: Natura caiu 7,98%, Vamos avançou 4,8%, Direcional subiu 4,18%, Vibra ganhou 2,4%, Vale teve alta de 1,05% e os principais bancos, como Itaú e Bradesco, registraram ganhos superiores a 2%. Já a Petrobras PN fechou com leve alta de 0,26%, acompanhando a queda do petróleo Brent no mercado internacional.

O dólar chegou a mínima de R$ 5,3857 e máxima de R$ 5,4427. O índice do dólar, que mede a força da divisa frente a seis moedas, recuou 0,44%, a 98,061 pontos.

Ainda segundo a IstoÉ Dinheiro, o mercado doméstico praticamente ignorou o impasse comercial entre Brasil e EUA após a tarifa de 50% imposta por Donald Trump na semana passada, embora haja expectativa de que o governo brasileiro anuncie nesta semana um plano de contingência para empresas afetadas.

Por Paraíba Master

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