Bolsonaro é levado às pressas ao hospital e defesa corre para justificar ausência da prisão domiciliar
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi levado às pressas para um hospital de Brasília, sob escolta da Polícia Penal, na tarde desta terça-feira (16), após apresentar quadro de mal-estar com crises de vômito, soluços e pressão baixa.
A informação foi confirmada por seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que relatou que o pai já vinha sentindo desconfortos desde o fim de semana. A internação ocorre apenas dois dias após Bolsonaro passar por procedimentos médicos no Hospital DF Star, onde foi submetido à remoção de lesões cutâneas e realização de exames laboratoriais.
Segundo informações do Portal G1, os exames realizados no domingo (14) identificaram um quadro de anemia por deficiência de ferro e resquícios de uma pneumonia recente, o que teria agravado seu estado de saúde nos últimos dias.
Como o ex-presidente encontra-se em prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto, a saída para o hospital precisou ser comunicada ao Supremo Tribunal Federal. Ainda nesta terça-feira (16), sua defesa encaminhou ao ministro Alexandre de Moraes os documentos médicos que comprovam o comparecimento ao hospital e justificam a ausência temporária da residência.
A medida segue as exigências impostas pela Justiça, que determina que qualquer deslocamento do ex-presidente só pode ocorrer mediante autorização prévia e, em casos excepcionais, com comprovação médica formal em até 48 horas após o atendimento.
De acordo com informações em atualização pela CNN Brasil, Bolsonaro foi escoltado por um comboio da Polícia Federal até a unidade hospitalar, com autorização do STF, e deve permanecer internado apenas pelo tempo necessário aos cuidados médicos.
Ainda conforme o relatório apresentado ao Supremo, o ex-presidente está sendo orientado a seguir um tratamento contínuo contra hipertensão arterial, refluxo gastroesofágico e a própria anemia, além de medidas preventivas relacionadas à broncoaspiração, que pode ter causado ou agravado a recente pneumonia.
O resultado da biópsia das lesões retiradas da pele durante o procedimento de domingo ainda será apresentado nos próximos dias, para definição do diagnóstico e, se necessário, complementação terapêutica.
Bolsonaro foi condenado recentemente pelo STF a 27 anos e três meses de prisão, acusado de tentativa de golpe de Estado e outros crimes relacionados à tentativa de desestabilização do resultado das eleições de 2022. A medida de prisão domiciliar foi imposta no contexto de um inquérito que investiga, entre outros pontos, a atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos.
Mesmo em meio à condenação e restrições judiciais, a saúde do ex-presidente volta ao centro das atenções, levantando dúvidas sobre sua condição física e seus próximos passos no cenário político e jurídico nacional.
Por Paraíba Master
