Audiência na ALPB discute desafios e políticas públicas para pacientes com dermatite atópica na Paraíba

 Audiência na ALPB discute desafios e políticas públicas para pacientes com dermatite atópica na Paraíba
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A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou, nesta quinta-feira (6), uma audiência pública dedicada à dermatite atópica, doença crônica de pele que afeta milhares de brasileiros e tem forte impacto na qualidade de vida dos pacientes. O encontro, promovido pela Comissão de Saúde, Saneamento, Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional, reuniu médicos, parlamentares, pacientes e representantes de entidades da área da saúde para debater tratamentos, políticas públicas e o acesso a medicamentos.

Segundo informações da ALPB, o autor da propositura, deputado Eduardo Carneiro, destacou a importância de tratar o tema com seriedade e visibilidade. “A dermatite atópica é uma doença crônica que vai além da pele. Afeta a autoestima, o convívio social e o desempenho profissional. É preciso garantir que o SUS ofereça tratamentos modernos e eficazes para todos os pacientes”, afirmou o parlamentar, reforçando a necessidade de uma ação conjunta entre os governos estadual, municipal e federal.

O vereador Fábio Carneiro, de João Pessoa, também participou da audiência e chamou atenção para a falta de cobertura de tratamento para adultos com formas graves da doença, destacando que crianças até 12 anos já são amparadas pela portaria do Ministério da Saúde. “Precisamos de políticas que assegurem acesso universal aos cuidados e medicamentos, sem distinção de faixa etária”, defendeu.

Durante o encontro, a dermatologista Renata Rodrigues, do Hospital Universitário Lauro Wanderley, explicou que a dermatite atópica é uma doença inflamatória que causa coceira intensa, feridas e manchas, podendo estar associada a outras condições como asma e rinite. A médica destacou ainda as barreiras enfrentadas pelos pacientes para obter medicações seguras e eficazes já disponíveis no mercado.

Representantes de entidades e pacientes também compartilharam relatos e sugestões. O presidente da Atópicos Brasil, Mário Cavaca, defendeu a criação de uma política pública estadual voltada à coordenação do tratamento, enquanto a professora Ana Cláudia Maia, portadora da doença, fez um apelo emocionado por mais empatia e visibilidade: “Precisamos ser ouvidos. É hora de transformar o sofrimento silencioso em ação e garantir o direito a uma vida digna”.

Por Paraíba Master

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