Às vésperas da COP30, Petrobras obtém licença do Ibama e inicia perfuração na Margem Equatorial do Amapá

 Às vésperas da COP30, Petrobras obtém licença do Ibama e inicia perfuração na Margem Equatorial do Amapá
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A poucos meses da COP30, a Petrobras anunciou nesta segunda-feira (20) que recebeu do Ibama a licença de operação para perfurar um poço exploratório em águas profundas do Amapá, na Margem Equatorial brasileira, a cerca de 500 quilômetros da foz do Rio Amazonas. A empresa informou que a perfuração começa imediatamente e deve durar cerca de cinco meses, com o objetivo de avaliar o potencial de petróleo e gás na região.

Segundo informações do Portal O Globo, a licença foi concedida após um processo rigoroso de licenciamento ambiental, que incluiu estudos de impacto (EIA/RIMA), audiências públicas e vistorias técnicas em diversos municípios do Pará e do Amapá. O Ibama destacou que a autorização só foi possível após aprimoramentos estruturais, como a criação de um novo Centro de Reabilitação e Despetrolização (CRD) em Oiapoque (AP) e o reforço de embarcações para atendimento emergencial à fauna e contenção de possíveis vazamentos.

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, comemorou a conquista e ressaltou o compromisso da companhia com a segurança e a responsabilidade ambiental. “Vamos operar na Margem Equatorial com qualidade técnica e respeito ao meio ambiente. Esperamos comprovar a existência de petróleo nessa nova fronteira energética mundial”, declarou. O plano de investimentos 2025-2029 da estatal destina cerca de US$ 3 bilhões à região.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a exploração na Margem Equatorial representa “o futuro da soberania energética do Brasil”, destacando que o país não pode abrir mão de conhecer seu potencial. Já o presidente Lula vinha defendendo publicamente a liberação da licença, chamando a demora do processo de “lenga-lenga” e apontando a exploração como uma aposta para geração de empregos e investimentos no Norte do país.

Ambientalistas, no entanto, alertam para os riscos ecológicos da atividade, já que a região abriga os maiores manguezais do mundo e o sistema de recifes da Amazônia, descoberto em 2016. O debate sobre a perfuração na Foz do Amazonas deve ganhar ainda mais destaque durante a COP30, que será realizada em 2025, em Belém (PA).

Por Paraíba Master

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