Após 14 anos, Lupi deixa mais uma vez um governo do PT envolto em controvérsias como fraudes no INSS, cargo fantasma e uso indevido de avião

 Após 14 anos, Lupi deixa mais uma vez um governo do PT envolto em controvérsias como fraudes no INSS, cargo fantasma e uso indevido de avião
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Carlos Lupi deixou o cargo de ministro da Previdência Social nesta sexta-feira (2). A demissão foi anunciada pelo próprio ministro depois da crise ocasionada pela investigação que revelou um esquema de fraudes e desvios de dinheiro de aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A saída de Carlos Lupi já era vista como certa nos bastidores do Palácio do Planalto. Aliados do PDT teriam recomendado que ele deixasse o governo e voltasse a assumir a presidência do partido, do qual é presidente licenciado, para focar em garantir que o PDT siga como pilar da base do governo.

Lupi e o próprio PDT não teriam recebido bem a decisão de indicar um novo presidente do INSS, Gilberto Waller, sem consultá-lo. Ele teria sido somente comunicado da decisão ministra de Relações Institucionais Gleisi Hoffman.

Mesmo antes da saída de Carlos Lupi, o deputado André Figueiredo, do Ceará, também do PDT, já apareceu como cotado para assumir o cargo. O desempenho de Lupi frente ao escândalo no INSS teria sido o fator decisor para a sua saída. Contudo, ele temia que um pedido de demissão pudesse soar como uma “confissão de culpa”, segundo interlocutores do ex-ministro.

Fraudes no INSS resultaram em saída de Carlos Lupi

De acordo com a equipe do governo, a reação de Lupi frente ao escândalo de fraudes no INSS veio tarde, mesmo o ministro dizendo que as investigações sobre o esquema teriam começado em 2024. Ele teria sido alertado cerca de 10 meses antes, sem ação efetiva e imediata sobre o tema, segundo informação revelada no Jornal Nacional.

O esquema se trata de fraudes em descontos de aposentados e pensionistas do INSS, com cobrança de mensalidades como se esses beneficiários tivessem aderido de forma voluntária a associações, mesmo sem autorizar os descontos.

Lupi saiu em defesa do ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, demitido após uma operação conjunta da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU).

Uma possível “CPI do INSS” está sendo temida pelos assessores e líderes do governo, o que, para eles, poderia desgastar a imagem do presidente Lula. Para que a comissão seja criada, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, precisa pautar o assunto.

Paraíba Master com informações do G1

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