ALPB retoma debate sobre combate ao trabalho infantil após dois anos de plano sem sair do papel

 ALPB retoma debate sobre combate ao trabalho infantil após dois anos de plano sem sair do papel
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A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou, nesta quarta-feira (15), uma audiência pública para discutir os obstáculos e urgências da implantação efetiva do Plano Decenal de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil no estado. O evento, proposto pela deputada Cida Ramos, reuniu autoridades, representantes da sociedade civil e membros do Judiciário, em resposta a uma solicitação dos Fóruns Nacional e Estadual voltados ao combate do trabalho infantil.

Durante o debate, a deputada destacou que o Legislativo estadual precisa ser protagonista na formulação de políticas públicas que assegurem os direitos da infância, reforçando que a erradicação do trabalho infantil exige ações integradas, legislação eficaz e fiscalização contínua. A proposta de criação de uma comissão multissetorial também foi defendida, com o objetivo de elaborar uma carta de recomendações ao Poder Executivo.

Segundo informações do Portal Polêmica Paraíba, autoridades como a secretária de Estado do Desenvolvimento Humano, Pollyanna Werton, reforçaram que o plano foi construído coletivamente e precisa sair do papel. Ela defendeu o envolvimento direto da sociedade na cobrança e no acompanhamento das ações propostas. Já o procurador Raulino Maracajá, do Ministério Público do Trabalho, alertou que a ausência de medidas concretas contribui para o agravamento do problema no estado.

Representantes do Fórum Estadual e Nacional de Prevenção ao Trabalho Infantil também enfatizaram a necessidade de monitoramento orçamentário e metas claras, criticando o fato de o plano, publicado há dois anos, ainda enfrentar entraves para sua execução plena. O coordenador do FEPET-PB, Dimas Gomes, afirmou que a Paraíba ainda está distante de cumprir os compromissos assumidos no combate ao trabalho infantil.

A audiência contou com a participação de diversos setores, incluindo a OAB-PB, Tribunal de Justiça, Secretaria de Segurança Pública, vereadores e organizações da sociedade civil, todos unidos pela urgência em garantir um futuro sem exploração para as crianças e adolescentes paraibanos.

Por Paraíba Master

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