Acidentes de moto na Paraíba expõem imprudência e pressionam setor de transporte por aplicativo
O número de acidentes envolvendo motocicletas segue crescendo na Paraíba e acende um alerta para a imprudência no trânsito. No último domingo, 31 de setembro, um grave acidente em João Pessoa resultou na morte de Patrick Ramon Melo Batista, motociclista por aplicativo, e de sua passageira, Maria Franciele da Silva Vieira. Imagens de câmeras de segurança mostraram que a colisão ocorreu após o condutor avançar um sinal vermelho e ser atingido por um ônibus.
De janeiro a agosto de 2025, o Hospital de Trauma da capital registrou 6.386 atendimentos a vítimas de acidentes de moto, média superior à do mesmo período de 2024. Em Campina Grande, o crescimento foi ainda mais expressivo: 30% a mais de ocorrências em comparação ao ano anterior. Segundo o Jornal da Paraíba, apenas neste ano, até 3 de setembro, 402 motociclistas ou passageiros perderam a vida no trânsito estadual.
Especialistas apontam que as principais causas estão ligadas ao consumo de álcool, excesso de velocidade e uso de celular ao dirigir. Embora nem sempre a responsabilidade recaia sobre os motociclistas, a vulnerabilidade desse tipo de veículo amplia os riscos. Além disso, condutores por aplicativo relatam que a baixa remuneração os leva a percorrer longas distâncias diariamente, aumentando a exposição a acidentes.
Empresas do setor afirmam investir em medidas de prevenção, como seguros e conteúdos educativos, mas os números refletem a urgência de um comportamento mais seguro nas ruas. A combinação entre pressa, imprudência e condições de trabalho precárias coloca em risco não apenas os motociclistas, mas também seus passageiros e demais usuários do trânsito.
Por Paraíba Master
