Suspeito de Mega Ataque Hacker que desviou R$ 800 milhões é preso em Campina Grande

Um homem de 29 anos, suspeito de integrar o maior ataque hacker da história do país, foi preso em Campina Grande, nesta sexta-feira (31), durante uma ação conjunta entre a Polícia Militar da Paraíba e a Polícia Federal. O grupo criminoso é acusado de desviar cerca de R$ 800 milhões de bancos e empresas ligadas ao sistema de pagamentos PIX, em um esquema que envolveu fraudes e movimentação de valores por meio de criptoativos.
De acordo com informações do Portal G1 Paraíba, a prisão aconteceu no bairro José Pinheiro, após o setor de inteligência da PM receber alertas da PF sobre o veículo usado pelo suspeito. No momento da abordagem, os policiais encontraram celulares e o carro utilizado pelo investigado, que tinha um mandado de prisão em aberto expedido pela Justiça de São Paulo. Ele foi encaminhado à sede da Polícia Federal, em Campina Grande, onde permanece à disposição das autoridades.
A operação, deflagrada nacionalmente na quinta-feira (30), resultou em 12 prisões no Brasil e 7 no exterior, com apoio da Interpol. Segundo a investigação, o grupo acessava indevidamente sistemas de empresas que fazem a intermediação de transações via PIX, desviando recursos de contas institucionais. O Banco Central reforçou que o sistema PIX não foi invadido e que nenhum cliente teve prejuízo direto.
O ataque cibernético, ocorrido em julho, afetou pelo menos seis instituições financeiras e expôs falhas na segurança de empresas de tecnologia financeira. As apurações indicam que os criminosos utilizavam credenciais de acesso legítimas obtidas de forma fraudulenta para movimentar grandes somas, convertendo o dinheiro em criptomoedas e lavando os valores por meio de investimentos e bens no Brasil e no exterior.
Com o avanço das investigações, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 640 milhões em bens dos envolvidos. Os suspeitos devem responder por organização criminosa, invasão de dispositivo informático, lavagem de dinheiro e furto mediante fraude eletrônica. A ação é considerada um marco no combate ao cibercrime financeiro no país, pela complexidade e pela estrutura internacional do esquema.
Por Paraíba Master