Presidente da OAB-RR é acusado de receber salário por 40 anos como ‘fantasma’ na Paraíba e pode ser expulso da advocacia

 Presidente da OAB-RR é acusado de receber salário por 40 anos como ‘fantasma’ na Paraíba e pode ser expulso da advocacia
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O julgamento que pode levar à exclusão do presidente da OAB em Roraima, Ednaldo Gomes Vidal, foi adiado pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil nesta terça-feira (21). A análise do caso foi remarcada para o dia 12 de dezembro e envolve acusações graves contra o advogado, que teria exercido a advocacia ao mesmo tempo em que ocupava um cargo público de forma irregular no estado da Paraíba.

Segundo informações do Portal G1, Vidal foi indiciado pela Polícia Civil da Paraíba por falsidade ideológica e peculato, após investigações apontarem que ele recebeu salário como servidor da Secretaria de Administração Penitenciária do estado por quase quatro décadas, mesmo morando em Roraima desde a década de 1990. O inquérito indica que ele teria recebido mais de R$ 500 mil sem prestar serviço efetivo, em um suposto esquema que envolvia o repasse irregular de salários – a chamada “rachadinha”.

Além das suspeitas criminais, Vidal também responde a quatro processos eleitorais dentro da própria OAB, que apontam possíveis irregularidades na chapa que o elegeu presidente em 2024. Entre os questionamentos estão descumprimento da paridade de gênero, presença de candidatos em cargos públicos comissionados e nomes que não atenderiam ao tempo mínimo de exercício da advocacia exigido para concorrer.

Durante a sessão do Conselho, que chegou a ser iniciada, a defesa de Vidal solicitou o adiamento alegando falta de tempo para analisar uma nova petição anexada ao processo, com cerca de 250 páginas. O pedido foi aceito por apenas dois votos de diferença, o que levou à suspensão temporária do julgamento.

A exclusão de um advogado é a punição mais severa prevista pelo estatuto da OAB, significando o cancelamento definitivo da inscrição profissional. Apesar das acusações, Vidal nega qualquer irregularidade e afirma que está sendo alvo de perseguição com “motivações político-partidárias”. Ele segue no comando da seccional da OAB-RR, cargo que ocupa desde 2019.

Por Paraíba Master

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