Empréstimo bilionário aos Correios gera reação da oposição e ameaça de CPI no Congresso

 Empréstimo bilionário aos Correios gera reação da oposição e ameaça de CPI no Congresso
#Compartilhe

A negociação de um empréstimo bilionário para salvar os Correios até 2026 provocou forte reação da oposição no Congresso Nacional. De acordo com informações da CNN Brasil, o presidente da estatal, Emmanoel Rondon, confirmou que negociações estão em andamento com bancos públicos e privados, com garantia do Tesouro Nacional, o que gerou críticas sobre a responsabilidade fiscal do governo. Só neste ano, o rombo nas contas da empresa ultrapassou R$ 4,3 bilhões.

A oposição já articula medidas para tentar barrar o processo, incluindo o pedido de abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) e a convocação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para prestar esclarecimentos. A líder da minoria na Câmara, Carol De Toni (PL-SC), classificou o empréstimo como um “abuso contra o pagador de impostos” e uma tentativa de proteger interesses políticos em vez de adotar medidas eficazes de gestão.

O vice-líder da oposição, deputado Sanderson (PL-RS), afirmou que “empurrar a dívida para o contribuinte” sem um plano estruturado de recuperação representa uma violação da responsabilidade fiscal. Já o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) usou as redes sociais para condenar a proposta, afirmando que o governo quer transferir ao cidadão a conta de uma má gestão que, segundo ele, fez desaparecer bilhões de reais.

Enquanto isso, o governo ainda não divulgou os detalhes do empréstimo, estimado em até R$ 20 bilhões — sendo R$ 10 bilhões para este ano e o restante para 2026. A proposta foi apresentada nesta quarta-feira (15) ao conselho de administração dos Correios, que deve emitir um parecer até o dia 24. A medida, se aprovada, contará com garantia da União, o que amplia os questionamentos sobre seu impacto nas contas públicas.

A situação expõe uma nova crise envolvendo uma das estatais mais tradicionais do país e levanta o debate sobre o papel do governo federal na condução da reestruturação das empresas públicas, especialmente diante de déficits bilionários.

Por Paraíba Master

source

Relacionados