Barroso surpreende e antecipa saída do STF: “Quero viver o que me resta sem os pesos do cargo”

 Barroso surpreende e antecipa saída do STF: “Quero viver o que me resta sem os pesos do cargo”
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O ministro Luís Roberto Barroso anunciou que deixará o Supremo Tribunal Federal (STF) antes da aposentadoria compulsória, encerrando uma trajetória de mais de 12 anos na Corte. A decisão, que já havia sido comunicada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva há cerca de dois anos, foi revelada nesta quinta-feira (9) e marca um dos momentos mais simbólicos do Judiciário em 2025.

Segundo informações do portal O Globo, Barroso afirmou que a escolha não foi motivada por fatores conjunturais, mas por um desejo pessoal de se afastar das responsabilidades institucionais. O ministro declarou que pretende fazer um “retiro espiritual” ainda este mês e deixar a Corte de forma voluntária. “Não tenho apego ao poder. Quero viver a vida que me resta sem as responsabilidades do cargo”, afirmou.

Indicado ao STF pela então presidente Dilma Rousseff em 2013, Barroso relatou casos de grande repercussão nacional, como a limitação do foro privilegiado, decisões envolvendo povos indígenas e políticas públicas durante a pandemia. Como presidente do Supremo, comandou o julgamento dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, que incluíram a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Com a saída de Barroso, o cenário político em Brasília já se movimenta em torno da escolha de seu sucessor. De acordo com O Globo, o nome mais cotado é o do advogado-geral da União, Jorge Messias, aliado próximo de Lula. Outros possíveis indicados incluem o senador Rodrigo Pacheco, o ministro Vinícius Carvalho (CGU) e o presidente do TCU, Bruno Dantas.

Natural do Rio de Janeiro e com extensa formação acadêmica nos EUA, Barroso deixa uma marca de protagonismo no Supremo. Sua saída antecipada abre espaço para uma importante disputa jurídica e política às vésperas de um novo ciclo eleitoral.

Por Paraíba Master

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