Paralisação nos EUA já afeta empregos e pode derrubar bilhões da economia americana

Shutdown no governo Trump acende alerta global e aumenta cautela dos mercados
O impasse político nos Estados Unidos, envolvendo o ex-presidente Donald Trump e parlamentares democratas, resultou em mais um shutdown – termo usado para definir a paralisação parcial dos serviços do governo federal americano. A medida, que entrou em vigor na última quarta-feira (1º), já começa a mostrar seus primeiros impactos econômicos e sociais.
De acordo com informações do Portal BP Money, os efeitos mais imediatos incluem a suspensão temporária de salários de funcionários públicos, cortes em serviços não essenciais e aumento da insegurança no mercado financeiro global. Ainda segundo especialistas, a cada semana de paralisação, o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA pode sofrer uma queda significativa, estimada em até 0,2% por semana, segundo cálculos do banco Goldman Sachs e do próprio Federal Reserve.
A Casa Branca estima que a economia americana perca cerca de US$ 15 bilhões a cada sete dias de shutdown. E o prejuízo não para por aí: caso a paralisação se estenda por um mês, o país pode registrar até 43 mil demissões, afetando diretamente a renda de milhares de famílias.
Washington, capital dos EUA, é uma das regiões mais impactadas. Segundo informações da CNN, durante o shutdown de 2013, que durou 16 dias, os gastos do consumidor na cidade caíram cerca de 5%, sinalizando uma retração econômica muito mais agressiva do que em outras regiões do país.
Apesar de o cenário parecer distante do Brasil, o mercado nacional já sente reflexos da instabilidade. Ainda segundo o BP Money, o dólar registrou alta nesta quinta-feira (2) e o Ibovespa iniciou o dia em queda. A tendência, segundo analistas, é de aumento na aversão ao risco por parte dos investidores, que veem no shutdown um sinal de incerteza política e econômica com efeitos em cadeia.
Embora esse tipo de paralisação já tenha ocorrido outras vezes na história americana, o momento atual, marcado por tensões políticas e instabilidade global, faz com que os impactos sejam acompanhados com mais atenção, inclusive por países emergentes como o Brasil.
A expectativa agora é por um acordo político que permita a retomada dos serviços e contenha os prejuízos antes que os efeitos se aprofundem e avancem para outros setores da economia mundial.
Por Paraíba Master