Professores da UEPB iniciam negociações com o governo após início de greve
Os professores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), que estão em greve por tempo indeterminado, participam nesta quarta-feira (1º) da primeira rodada de negociações com representantes da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão do Estado. O encontro marca o início do diálogo entre a categoria e o governo desde o começo da paralisação.
O Comando de Greve solicitou ainda a presença do secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior, Cláudio Furtado, por ser o responsável pela pasta à qual a UEPB está vinculada.
Entre as principais demandas dos docentes estão:
pagamento integral e retroativo das progressões de carreira;
recomposição orçamentária da universidade, conforme previsto na Lei da Autonomia (Lei nº 7.643/2004);
realização de concurso público para docentes efetivos, considerando o atual número elevado de professores temporários (393, segundo a categoria);
criação de uma mesa de negociação permanente para tratar das perdas salariais, que somam 22,9% nos últimos quatro anos.
A categoria afirma que o valor acumulado das progressões não pagas ultrapassa R$ 75 milhões, referentes ao período entre 2018 e 2023, quando os avanços na carreira ficaram congelados devido à Lei Estadual nº 10.660/2016. Em 2024, o governo estadual propôs o pagamento da dívida com 40% de deságio, parcelado em até 42 meses. A proposta foi rejeitada pelos professores, que defendem a quitação total e com valores atualizados ainda durante o mandato do governador João Azevêdo.
Após a recusa, o governo estadual suspendeu unilateralmente as negociações. A retomada do diálogo nesta quarta-feira pode abrir caminho para uma possível resolução do impasse.
Por Paraíba Master
