Ibama aprova simulado da Petrobras e abre caminho para exploração de petróleo na Margem Equatorial

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aprovou os testes de resposta a emergências realizados pela Petrobras, último passo necessário antes da concessão da licença ambiental para a perfuração de um poço exploratório na Margem Equatorial. A região, que abrange áreas marítimas entre o Amapá e o Rio Grande do Norte, é considerada uma das novas fronteiras do petróleo em águas profundas no Brasil.
O simulado, conduzido em agosto, teve como objetivo avaliar a eficácia do plano de contingência da companhia em caso de acidentes ambientais. A Avaliação Pré-Operacional (APO), que durou de três a quatro dias, integra o processo de licenciamento ambiental do bloco exploratório localizado em águas profundas do litoral do Amapá.
Embora tenha considerado o resultado positivo, o Ibama solicitou ajustes específicos no plano de proteção à fauna apresentado pela estatal, com foco na melhoria contínua da estrutura de resposta e alinhamento às exigências da região. A Petrobras informou que os ajustes devem ser enviados até esta sexta-feira (26).
A recomendação do órgão ambiental é que a licença de operação seja concedida após a equipe técnica verificar a incorporação efetiva das correções solicitadas.
Com a expectativa de obter a licença ambiental em breve, a Petrobras pretende iniciar a perfuração do poço exploratório, etapa crucial para a obtenção de dados geológicos e a confirmação da presença de petróleo na região.
Em nota, a estatal destacou o comprometimento com o desenvolvimento responsável da Margem Equatorial e o papel estratégico da nova fronteira exploratória na segurança energética do país. O plano de negócios da companhia prevê a destinação de US$ 3 bilhões à região até 2029, com a perfuração de 15 poços nos próximos cinco anos.
A área tem atraído o interesse não apenas do mercado nacional, mas também de grandes players internacionais do setor de óleo e gás. A proximidade com bacias promissoras na Guiana, Guiana Francesa e Suriname aumenta a expectativa sobre o potencial de produção da Margem Equatorial brasileira.
A Petrobras afirma que os investimentos na região seguem padrões internacionais de segurança e sustentabilidade, contribuindo para atender à demanda global por energia ao mesmo tempo, em que apoia a transição energética justa.
Por Paraíba Master