PL oficializa Eduardo Bolsonaro como líder da Minoria na Câmara
O Partido Liberal (PL) oficializou, nesta terça-feira (16), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como novo líder da Minoria na Câmara dos Deputados, informou a Agência Brasil. O bloco reúne partidos de oposição à base do governo.
A deputada Caroline de Toni (PL-SC), que ocupava o cargo, renunciou em favor do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro e assumiu a primeira vice-liderança. Na prática, ela continuará representando a bancada nas votações em plenário na ausência de Eduardo, que vive atualmente nos Estados Unidos.
Estratégia para evitar cassação
A mudança é interpretada como uma manobra para evitar que Eduardo Bolsonaro perca o mandato por excesso de faltas. Ele não registra presença em votações da Casa há mais de dois meses e poderia ser cassado de forma automática a partir de 2025.
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), explicou que a decisão se baseia em um ato da Mesa Diretora da Câmara, de 2015, que isenta líderes partidários e integrantes da direção de justificar ausências e registrar presença em votações.
“Estamos protegendo sim o Eduardo Bolsonaro naquilo que estiver a nosso alcance, porque ele está exercendo o seu mandato, só está à distância por uma vontade que não é dele”, declarou Caroline de Toni, ao anunciar sua renúncia em favor do correligionário.
Reação da base governista
Parlamentares governistas reagiram à decisão. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), classificou a medida como “um absurdo” e afirmou que a bancada prepara ações contra a manobra no Plenário, na Mesa Diretora e no Judiciário.
Na semana passada, Lindbergh já havia protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF) uma representação criminal pedindo a prisão preventiva de Eduardo Bolsonaro, além do bloqueio imediato de salários e verbas parlamentares. O fundamento é a atuação do deputado em lobby internacional por sanções do governo de Donald Trump contra o Brasil, em retaliação à condenação de Jair Bolsonaro no STF.
Por Paraíba Master
