Analistas preveem intensificação da crise Brasil-EUA com mais sanções após condenação de Bolsonaro

 Analistas preveem intensificação da crise Brasil-EUA com mais sanções após condenação de Bolsonaro
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A condenação de Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado promete intensificar a crise entre Brasil e Estados Unidos. Especialistas apontam que, após o veredito, o governo americano deve aumentar a pressão sobre o Brasil, com possíveis sanções dirigidas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que participaram da condenação, além de integrantes do governo Lula. Segundo informações do Portal BBC News, Christopher Sabatini, pesquisador sênior da Chatham House, acredita que a administração Trump deve buscar fortalecer a oposição bolsonarista, particularmente com foco nas eleições de 2026.

Sabatini também critica o uso de sanções pelos EUA, comparando-as à tática de “lawfare” utilizada por governos autoritários. Ele ressalta que Washington está, de certa forma, desafiando o sistema judiciário brasileiro com essa retórica, algo que lembra a postura de outros regimes que buscam enfraquecer instituições democráticas para interesses políticos. “O uso de sanções de forma indiscriminada é algo novo e preocupante para a soberania brasileira”, afirma.

Embora o pesquisador não considere uma intervenção militar dos EUA uma possibilidade real, ele destaca que as ameaças e medidas coercitivas podem gerar um ambiente de maior polarização política no Brasil. De acordo com BBC, Sabatini acredita que essa situação poderá impactar diretamente o cenário eleitoral no país, especialmente em relação a possíveis iniciativas de anistia ou até impeachment de juízes que se opuseram a Bolsonaro no julgamento.

Esse aumento nas tensões diplomáticas revela a crescente influência do governo Trump sobre as disputas internas no Brasil, colocando em jogo a autonomia das instituições e a estabilidade da democracia. A reação dos EUA, segundo Sabatini, reflete um novo tipo de intervenção externa, mais partidária e menos focada na defesa dos princípios democráticos.

Por Paraíba Master

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