Ataque israelense atinge TV estatal iraniana durante exibição ao vivo

 Ataque israelense atinge TV estatal iraniana durante exibição ao vivo
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A sede da emissora estatal IRIB, em Teerã, foi atingida por um bombardeio israelense nesta segunda-feira (16), durante a transmissão ao vivo de um telejornal. A informação foi confirmada pelo ministro da Defesa deIsrael, Yoav Gallant, e repercutida pela imprensa iraniana.

Antes do ataque, um alerta de evacuação foi emitido para moradores da região onde fica localizada a emissora, no distrito 3 da capital, área que abriga ministérios e embaixadas. Imagens que circulam nas redes sociais mostram o momento exato em que um míssil atinge o prédio. Na gravação, é possível ver a apresentadora abandonando o estúdio, tomado rapidamente por fumaça.

A TV estatal informou que a programação foi interrompida, mas logo restabelecida. Em comunicado, acusou Israel de tentar “calar a voz do Irã”. Já a Press TV, também ligada ao governo iraniano, relatou que há mortos no local, embora autoridades de Teerã ainda não tenham divulgado o número oficial de vítimas.

Ainda nesta segunda-feira, uma base militar na capital iraniana também foi alvo de ataques israelenses, segundo a agência Fars. A escalada dos confrontos marca o quarto dia de hostilidades diretas entre os dois países. A ofensiva israelense, batizada de “Operação Leão Ascendente”, teve início na sexta-feira (13), com um ataque surpresa que matou parte da cúpula militar iraniana e danificou instalações nucleares. Em resposta, o Irã lançou mísseis contra áreas residenciais e infraestruturas energéticas em Israel.

Desde o início da ofensiva, os ataques deixaram ao menos 224 mortos no Irã — incluindo cerca de 30 crianças — e 22 em Israel, de acordo com dados oficiais. No sábado (14), um único ataque em Teerã matou 60 pessoas. Nesta segunda, outros oito israelenses morreram após novas investidas iranianas. Apesar do aumento da violência, há tentativas diplomáticas em curso para negociar um cessar-fogo. No entanto, autoridades israelenses alertam que a operação militar deve continuar, e que “a lista de alvos ainda é extensa”.

A comunidade internacional observa com preocupação o avanço da crise, temendo o risco de uma guerra regional de maiores proporções.

Por Paraíba Master

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